Sem proposta das empresas de ônibus, os trabalhadores dos transportes aprovaram por unanimidade em duas assembleias, nesta quarta-feira (18/5), a deflagração da greve do setor a partir da próxima segunda-feira (23/5).
A decisão abrange os trabalhadores das empresas dos setores urbano de Sorocaba e do fretamento e rodoviário de Sorocaba e Região. No transporte municipal em Sorocaba, a decisão envolve também o transporte especial de passageiros.
Os trabalhadores reivindicam a reposição salarial referente à inflação dos últimos 12 meses, acumulada em 12,88%, mais aumento real de até 4% (acima da inflação), e melhorias nos benefícios.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, Paulo Estausia, informa que o Sindicato participou de várias negociações nos últimos dias com as empresas e o poder público concedente de Sorocaba, flexibilizando as formas de pagamento da inflação acumulada, e fez todos os esforços necessários com responsabilidade para evitar a greve. “Mas, infelizmente, não foi sentido o mesmo empenho dos empresários e do poder público”, avalia Paulo.
Sem propostas, os trabalhadores entram agora em estado de greve. Amanhã o Sindicato vai notificar as empresas e o poder público que, após 72 horas, poderá iniciar o movimento de paralisação e essa providência corresponde ao cumprimento de obrigação legal.
Além de presidir o Sindicato, Paulo Estausia também é presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores dos Transportes e Logística (CNTTL), vice-presidente da Federação Unitária de Transportes na América Latina e Caribe (FUTAC) e conselheiro deliberativo da Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF).
