Sorocaba passa oferecer tratamento de hemodiálise para a população

A cidade de Sorocaba passa a oferecer o tratamento de hemodiálise para os moradores da cidade

Após diversos questionamentos (requerimentos e ligações telefônicas) enviados por parte do vereador Luis Santos (Republicanos) à Prefeitura e a consequente cobrança ao Governo do Estado de São Paulo, Sorocaba passa a oferecer tratamento de hemodiálise para os sorocabanos.

O novo prédio do CDTR (Centro de Diálise e Transplante Renal) aguardava a liberação da Regulação da Alta Complexidade em Terapia Renal Substitutiva (TRS), que está sob responsabilidade do Estado, e os consequentes agendamentos e transferências via Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), estadual.

Após envio de requerimentos ao Executivo e consequente cobrança junto ao governo estadual,  foi confirmada a realocação dos munícipes de Sorocaba, que realizavam o tratamento de TRS em outros municípios, para mais próximo de suas residências, ou seja, para o Centro de Diálise de Sorocaba.

Vereador Luís Santos – Foto: Assessoria de Imprensa

Luis Santos lembra que vem lutando desde 2013 por esse direito dos pacientes sorocabanos e parabeniza o prefeito Rodrigo Manga e sua equipe pela conquista do atendimento: “Agradeço o empenho do Governo Municipal em viabilizar minha antiga solicitação para que finalmente possamos oferecer qualidade de vida para os munícipes que tanto sofrem com essa doença. Uma ação conjunta onde o grande benificiário será o sorocabano”, comentou.

Fausto Peres comemora conquista dos pacientes de hemodiálise que passam a ser atendidos em Sorocaba

“A partir de agora, os pacientes sorocabanos que precisam fazer hemodiálise terão mais qualidade de vida, pois não terão mais de fazer árduas viagens para serem atendidos fora da cidade.” A afirmação é do vereador Fausto Peres (Podemos) ao comemorar o anúncio de que os pacientes de hemodiálise de Sorocaba passarão a ser atendidos no próprio município sem ter que se deslocar para centros de atendimento em outras cidades, como vinha ocorrendo.

Fausto Peres chegou a entrar com representação no Ministério Público para garantir esse direito aos pacientes: “É, sem dúvida, uma grande notícia para os pacientes de hemodiálise. Através da nossa representação no Ministério Público, os pacientes que fazem sessões de hemodiálise em outras cidades da região já começaram a ser transferidos para Sorocaba e serão atendidos aqui mesmo em nossa cidade” – enfatiza.

Vereador Fausto Peres – Foto: Assessoria de Imprensa

“Desde o ano passado venho nesta constante luta para que os sorocabanos sejam atendidos aqui, pois a nossa clínica local já possui estrutura para atender aproximadamente 900 pacientes para três sessões diárias de hemodiálise”, explica Fausto Peres, observando que a transferência do serviço, além de trazer benefícios para pacientes renais crônicos, vai abrir espaço para a ampliação de outros atendimentos da rede municipal.

O que é Hemodiálise?

Hemodiálise é o procedimento através do qual uma máquina filtra e limpa o sangue, fazendo parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento retira do corpo os resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o organismo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina.

Quem necessita fazer esse tratamento?

A hemodiálise está indicada para pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica graves. A indicação de iniciar esse tratamento é feita pelo médico especialista em doenças dos rins (nefrologista). É possível começar o tratamento para insuficiência renal com medicamentos que controlam os sintomas e estabilizam a doença. Nos casos em que os remédios não são suficientes e a doença progride, pode ser necessário iniciar a hemodiálise. Esta decisão é tomada em conjunto com o paciente e o seu médico nefrologista. A diálise não tem como objetivo tratar a doença renal, mas sim, substituir a função dos rins que estão com seu funcionamento prejudicado.

Paciente em tratamento de hemodiálise – Foto: Internet

Como é feita a hemodiálise?

A diálise é realizada por meio da filtração do sangue que é retirado pouco a pouco do organismo através de uma agulha especial para a punção da fístula arteriovenosa (FAV). FAV é uma ligação entre uma pequena artéria e uma pequena veia, com a finalidade de tornar a veia mais grossa e resistente para que as punções possam ocorrer sem complicações. A fístula pode ser feita com as próprias veias do indivíduo ou com materiais sintéticos. É preparada com uma pequena cirurgia no braço ou na perna, executada por um cirurgião vascular e com anestesia local. O ideal é que a fístula seja feita de preferência 2 a 3 meses antes do início da hemodiálise.

A diálise também pode ser feita por meio de um cateter (tubo) inserido numa veia do pescoço, tórax ou virilha, com anestesia local. O cateter é uma opção geralmente temporária para os pacientes que ainda não têm a fístula mas precisam fazer diálise. Os principais problemas relacionados ao uso do cateter são a obstrução e a infecção, o que muitas vezes obriga a sua retirada e o implante de um novo cateter para que as sessões possam continuar. As sessões de hemodiálise são realizadas geralmente em clínicas especializadas ou hospitais, no mínimo 3 vezes por semana e cada uma tem duração de aproximadamente 3-4 horas.

Há desconforto durante a hemodiálise?

Na maioria das sessões de hemodiálise o paciente não sentirá nada, mas algumas vezes, pode ocorrer queda da pressão arterial, câimbras ou dor de cabeça. Por estes motivos, a sessão deve ser sempre realizada na presença de um médico e uma equipe de enfermagem. Geralmente esses sintomas acontecem quando o paciente tem muito líquido para remover do seu corpo naquela sessão de hemodiálise. Dessa forma, é importante seguir as recomendações da equipe médica para evitar o ganho excessivo de peso entre os dias das sessões para que haja maior conforto e menos intercorrrências durante sua realização.

Restrições dietéticas

A quantidade de líquidos ou de alimentos que pode ser ingerida por pacientes com insuficiência renal varia de pessoa para pessoa e depende do seu estado nutricional, da quantidade de urina que ele ainda produz e de outros fatores, como a presença de doenças associadas (diabetes, por exemplo).

Vantagens da hemodiálise na insuficiência renal avançada

Ao iniciar o tratamento o paciente perceberá uma melhora significativa nos sintomas que apresentava, como: falta de apetite, indisposição, cansaço, náuseas, dentre outros. Adicionalmente, serão reduzidas as restrições dietéticas impostas antes de começar a fazer hemodiálise e perceberá, em geral, uma melhora na sua qualidade de vida. Pacientes com insuficiência renal necessitam de acompanhamento multidisciplinar, com nutricionistas, enfermeiros, médicos, ou outros profissionais que sejam necessários.

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